Olá!!!
Algo tem me deixado intrigado.
As pessoas talvez não tenham percebido, mas as emissoras de tevê e rádio estão enchendo seus quadros com estagiários.
Isso é bom porque dá oportunidades. E alivia os custos das empresas.
Mas, a consequência tem sido terrível.
Agora pela manhã (adoro ler jornal de sábado) eu estava vendo matérias nas emissoras de rádio jornalísticas e percebi a quantidade enorme de pessoas que ainda não estavam preparadas para aquilo.
Lembro-me do começo, no interior. Para que eu entrasse no ar, houve todo um cuidado. Para fazer matérias para o jornal local eu tive de ralar muito no esporte e comecei fazendo pautas bem leves.
Tanto é que em alguns casos, eu ouvia meus entrevistados no ar e minha voz não saia. Outra pessoa levava o crédito. Explicaram que aquele era o procedimento padrão pra quem está começando.
Hoje não. O fulano estuda jornalismo porque a mãe elogia o William Bonner e aí ele acha que se formando, em 3 semanas virará o novo apresentador do Jornal Nacional.
E quando chega numa emissora de rádio, por exemplo, eles não aguentam a carga de trabalho e a pressão. Mudam de profissão, vão tentar marketing ou outras áreas dentro da emissora. Até que um dia, frustrados, resolvem que é melhor fazer um concurso público.
Agora, a culpa disso não é dos estagiários. Estão aproveitando a oportunidade.
O que me chama a atenção são as pessoas que dirigem. Montam uma patota de pessoas que mal sabem falar direito. E isso fica evidenciado quando vão ao microfone: parecem falar com algo quente na boca.
90% tem aquele som de "ô meeeeu, estou caaanssado, não essstudei pra isssooo"... bem sonolento e preguiçoso.
Acho que todos devem ter oportunidade. Mas, eu fico curioso em saber o que esse povo anda fazendo na faculdade. Ficam 4 ou 5 anos lá e saem sem um mínimo de dicção.
Tem gente que lê a notícia como se estivesse conversando com o gatinho bichano na hora do almoço. Péssimo. Chama mais a atenção a voz do que a notícia.
Só falta dizer no final "valeeeu maanôôô"... ou algo do tipo "beijosss tuuurma".
Uma coisa é quem não estudou não conseguir falar. Outra é um sujeito ficar 5 anos na faculdade e sair de lá como mestre em comunicação mas não conseguir pronunciar Itaquaquecetuba.
Abração.
RICARDO LEITE.
Fonte: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br
Algo tem me deixado intrigado.
As pessoas talvez não tenham percebido, mas as emissoras de tevê e rádio estão enchendo seus quadros com estagiários.
Isso é bom porque dá oportunidades. E alivia os custos das empresas.
Mas, a consequência tem sido terrível.
Agora pela manhã (adoro ler jornal de sábado) eu estava vendo matérias nas emissoras de rádio jornalísticas e percebi a quantidade enorme de pessoas que ainda não estavam preparadas para aquilo.
Lembro-me do começo, no interior. Para que eu entrasse no ar, houve todo um cuidado. Para fazer matérias para o jornal local eu tive de ralar muito no esporte e comecei fazendo pautas bem leves.
Tanto é que em alguns casos, eu ouvia meus entrevistados no ar e minha voz não saia. Outra pessoa levava o crédito. Explicaram que aquele era o procedimento padrão pra quem está começando.
Hoje não. O fulano estuda jornalismo porque a mãe elogia o William Bonner e aí ele acha que se formando, em 3 semanas virará o novo apresentador do Jornal Nacional.
E quando chega numa emissora de rádio, por exemplo, eles não aguentam a carga de trabalho e a pressão. Mudam de profissão, vão tentar marketing ou outras áreas dentro da emissora. Até que um dia, frustrados, resolvem que é melhor fazer um concurso público.
Agora, a culpa disso não é dos estagiários. Estão aproveitando a oportunidade.
O que me chama a atenção são as pessoas que dirigem. Montam uma patota de pessoas que mal sabem falar direito. E isso fica evidenciado quando vão ao microfone: parecem falar com algo quente na boca.
90% tem aquele som de "ô meeeeu, estou caaanssado, não essstudei pra isssooo"... bem sonolento e preguiçoso.
Acho que todos devem ter oportunidade. Mas, eu fico curioso em saber o que esse povo anda fazendo na faculdade. Ficam 4 ou 5 anos lá e saem sem um mínimo de dicção.
Tem gente que lê a notícia como se estivesse conversando com o gatinho bichano na hora do almoço. Péssimo. Chama mais a atenção a voz do que a notícia.
Só falta dizer no final "valeeeu maanôôô"... ou algo do tipo "beijosss tuuurma".
Uma coisa é quem não estudou não conseguir falar. Outra é um sujeito ficar 5 anos na faculdade e sair de lá como mestre em comunicação mas não conseguir pronunciar Itaquaquecetuba.
Abração.
RICARDO LEITE.
Fonte: http://www.ricardoleitecomvoce.com.br
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