Sérgio Reis comemora 50 anos de carreira na Rádio Comunicação Católica!
Da Redação
Hoje trata-se de um dia especialíssimo, com um verdadeiro presente a você que acompanha o Portal Comunicação Católica. O Ricardo Leite entrevistou o cantor Sérgio Reis e publicamos aqui o texto e o vídeo do bate-papo, em que Sérgio Reis cantou diversas músicas e falou de todo seu trabalho no ramo artístico.
Ricardo Leite – Sérgio Reis, é um prazer enorme recebê-lo aqui. Você está preparando um CD com vários amigos, é isso?
Sérgio Reis – Não, aí eu tenho como convidados só três convidados. Tem a Roberta Miranda nessa música que é dela: “Terra Genuína”. “Ninguém Fica Só”, que é minha, do Dominguinhos e do Nando Cordel, é um xotezinho que o Dominguinhos canta comigo e eu tenho o “Herói sem Medalha” que é uma moda de viola junto com o Durval e o Davi, que é uma dupla, uma das vozes mais lindas que nós temos sertaneja, Durval e Davi.
RL – E este CD que você trouxe aqui pra gente também tem uma capa que foi feita no Pantanal, é isso?
Sérgio Reis – Essa capa foi no Pantanal, nós fizemos o CD Sérgio Reis Pantaneiro, eu e o Almir Sater, em função da novela Pantanal que está no auge de novo agora. E isso aí é lá no Rio São Lourenço onde eu tinha o Pouso da Garça. Uma parte da novela que já passou, a primeira fase foi feita lá no Pouso da Garça, depois foi transferida para o Rio Negro, vizinho do Almir Sater, do Guilherme Rondon. Era da família Rondon aquela fazenda do Zé Leôncio, Fazenda Rio Negro.
RL – Zé Leôncio vivido pelo Cláudio Marzo.
Sérgio Reis – Cláudio Marzo fez o Velho do Rio e o Zé Leôncio fez dois personagens.
RL – Aliás, vamos falar das músicas que você gravou e fizeram sucesso, “O Menino da Porteira”, lá no interior quando eu ia lá na mangueira tomar o leite tirado da vaca na hora, escutava “O Menino da Portera” no rádio, era um negócio fantástico.
Sérgio Reis – Luizinho e Teddy Vieira, sucesso de 1954/55 com eles: Luizinho, Limeira e Zezinho. E o tempo passou, o sertanejo não tinha muito aquele auge e eu fiz sucesso com o “Menino da Gaita”, uma música muito romântica em 72. (canta a música) Isso era o “Menino da Gaita”, foi sucesso, primeiro lugar no Rio, país todo, Globo de Ouro. Aí eu ouvi o “Menino da Porteira” ali em Tupaciguara, no bar Debutante, liguei pro Tony Campelo, que me dirigia em todas essas músicas, meu produtor, devo muito a Tony Campelo, devo a minha carreira a ele e a Benedito Ruy Barbosa e em especial em memória Enzo de Almeida Passos que é da Rádio Bandeirantes, que me ensinou tudo, que me levou para o disco em 1958. Eu estou fazendo 50 anos de carreira.
RL – Você teve um período na Jovem Guarda.
Sérgio Reis – Isso, com o "Coração de Papel”.
RL – "Coração de Papel”, “meu coração é de papel”. Muito bonita a música.
Sérgio Reis – (canta trecho da música) Essa música tem mais de 100 gravações, o ano retrasado gravou a Luiza Possi, a filha de Zizi Possi, com MPB, com dois violões clássicos. Agora está com Cesar Menotti e Fabiano no mais recente CD deles. É uma música que vai ficar, não tem jeito. Já gravei em castelhano, quando eu vou pra fora do país eu canto ela em castelhano, esses dias eu recebi Leon Gieco, Teresa Parodi e alguns artistas argentinos representando o aniversário da Argentina, o ano da Argentina aqui no Memorial da América Latina. E eu brinquei com eles, Victor Heredia, eu vou cantar “Coração de Papel” em tango. (canta trecho em castelhano)
RL – Sérgio, eu sei que você tem um lado religioso muito grande e tem uma música que as pessoas têm um prazer enorme de ouvir na sua voz, que é “Romaria”. Você poderia dar um presentinho pra gente aqui, que, aliás, é um presentão.
Sérgio Reis – (canta trecho de “Romaria”) Esse foi um grande hit da Elis Regina, nossa saudosa Elis Regina. Renato Teixeira que fez esse clássico e tornou-se uma música cristã, falando dos católicos. E aonde canta essa música é um momento solene, momento de oração.
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